SEMINÁRIO - MEMÓRIA ARTÍSTICA CAMPINEIRA - LACUNAS DE APAGAMENTOS - CAMPINAS 250 ANOS

APRESENTAÇÃO


Campinas tem sua História marcada por nomes destacados em diversas áreas de criação artística, reconhecidos como parte de seu Patrimônio Cultural. Contudo, os mecanismos de documentação e celebração da produção artística são tão permeados pelas determinações ideológicas de raça, gênero e classe quanto as outras áreas de produção de conhecimento historiográfico. Assim, como em grande parte do Brasil, Campinas tem uma História Artística predominantemente celebrativa de nomes masculinos e brancos.

Em função disso, indagar sobre lacunas e apagamentos nesta História e, principalmente, onde nela estão ocultadas as presenças e atuações criativas dos sujeitos sociais com corpos dissonantes desse padrão hegemônico é tarefa a ser diuturnamente realizada. Mesmo sabendo que no tocante às atuações pregressas em muitos casos existam apenas vestígios e lacunas, tal indagação se faz cada vez mais necessária para a constituição de um verdadeiro Patrimônio Cultural que represente a diversidade e a pluralidade de nossa sociedade.

Na atualidade, diante das lutas sociais empenhadas em dar visibilidade às potentes atuações de corpos de matrizes e matizes distintas do historicamente consagrado, estamos diante também da indicação de inquietantes fragmentos de memórias daqueles que os antecederam.

Assim, cada gesto criativo dissonante do padrão instituído se apresenta também como indagação sobre aqueles que, em grande maioria, foram obliterados pelas forças opressivas e suas formas reducionistas e excludentes de ver, ler, escrever e rever a História, em especial a das artes. Ou seja: aqueles que ainda aguardam pelo nosso “re-conhecimento”.

Este livro resulta de uma ação coletiva que visa ser parte desta tarefa, expressando os resultados de debates apresentados no Seminário Memória artística Campineira - lacunas e apagamentos, uma iniciativa das curadoras Sônia Fardin e Andrea Mendes; trata-se de um projeto selecionado pelo edital da Lei Paulo Gustavo de Campinas, na área de Patrimônio Cultural, com o apoio da Casa de Cultura Aquarela, Socializando Saberes, Casa de Cultura Tainã, Museu da Cidade de Campinas, PPG Multimeios/IA/Unicamp e Centro de Memória Unicamp.

O foco do seminário foi demarcar a urgência em debater os mecanismos e instrumentos de documentação, pesquisa e preservação da memória da produção artística de caráter contra-hegemônico na cidade de Campinas, que pelo calendário oficial completou 250 anos em 2024. 

Realizado em três distintos territórios de produção de conhecimentos nos campos das artes e da memória - casas de cultura, museus públicos e centros universitários - o seminário buscou promover encontros e momentos de reflexão coletiva sobre a urgência em reconhecer que há mais em nossa História Artística  e em nosso Patrimônio Cultural do que aquilo que até o presente pudemos acessar. 

Para o Seminário, a curadoria buscou reunir elaborações e reflexões por meio de trabalhos selecionados por uma chamada pública, e principalmente pelo convite à participação de trabalhadores e ativistas culturais que aceitaram somar suas avaliações ao debate proposto: Adriano Bueno,  Akili Bakari, Andrea Mendes, Andréia Dulianel, Américo Villela, Batata, Cibele Rodrigues, Daniel Almeida, Gilberto Sobrinho, Glória Cunha, João Paulo Berto, Maíra Freitas, Marcos Brytto, Paula Monterrey, Rita Francisco e Sônia Fardin. Somaram-se às comunicações orais a intervenção artísticaforma de a “Quem apaga o fogo é a água”, de Ana Bia e Márcio Folha; as atuações musicais de Marcos Brytto e Suzana Montauriol; e a apresentação do grupo Dança Negra Aquarela. Aos quais externamos imensa gratidão.

Para possibilitar maior alcance e acesso amplo aos conteúdos debatidos, todos os encontros foram registrados em vídeo e disponibilizados no site da Casa de Cultura Tainã - TV Tainã (links abaixo).

Com o mesmo propósito, foi realizada uma publicação que documenta a maioria das contribuições apresentadas nos três dias de encontros, sob a forma de artigos e depoimentos que compartilham reflexões e relatos de experiências em ativismo cultural, arte-educação, gestão de espaços expositivos,  produções artísticas, pesquisas historiográficas e organização de coleções e acervos. Está ordenada em três blocos temáticos. Publicação disponível aqui

Com estas contribuições buscamos atingir o principal objetivo do projeto, a partilha de conhecimentos oriundos de pesquisas e atuações contra-hegemônicas, sobre distintos temas e momentos da história artística local.

Como ação inicial, na busca por questionar os procedimentos de celebração e difusão da memória artística contra-hegemônica, avaliamos que, mais do que ensejar dar respostas amplas e conclusivas, o seminário e este livro cumprem, principalmente, o papel de emulação de questionamentos sobre o grande trabalho crítico ainda por ser feito sobre os registros e as celebrações da produção artística pretérita e ainda mais das atuais.

Assim, fica o convite à leitura, ao debate, às críticas e, principalmente, às construções de mecanismos e procedimentos que nos mantenham atentos aos desafios atuais de combater apagamentos e sanar as lacunas que obliteram a mais ampla compreensão, valorização, difusão e preservação das produções artísticas de nosso tempo, destacadamente as comprometidas com diversidade, equidade e proposições contra-hegemônicas.


Síntese da programação e links das gravações
Links das gravações do Seminário MEMÓRIA ARTÍSTICA CAMPINEIRA: LACUNAS E‬ APAGAMENTOS‬

17 de agosto - CASA DE CULTURA AQUARELA‬



Abertura: intervenção artística “Quem apaga o fogo é a água” de Ana Bia e Márcio Folha,  musicais de Marcos Brytto

e Suzana Montauriol e apresentação do grupo Dança Negra Aquarela. 



Mesa 1 : CENÁRIO DAS ARTES CÊNICAS E VISUAIS‬

Daniel Almeida, Paula Monterrey, Marcos Brytto, Akili Bakari e Thais Selva‬


Mesa 2: CENÁRIOS LITERÁRIOS, MUSICAIS E ARTE URBANA‬

Adriano Bueno, Batata e Glória Cunha



19 de agosto -  MUSEU DA CIDADE‬



Mesa 1 : ESPAÇOS DE PRESERVAÇÃO: ENTRE LACUNAS E APAGAMENTOS‬

Gal de Sordi, Rita Francisco, Andréia Dulianel e Américo Villela‬


  Mesa 2 GÊNERO, RAÇA E CLASSE: ENTRE LACUNAS E APAGAMENTOS‬

Cibele Rodrigues e Maíra Freitas‬




20 de agosto -  CENTRO DE MEMÓRIA UNICAMP‬




  Mesa:‬‭ INCENTIVO E EMULAÇÃO ÀS PESQUISAS CONTRA-HEGEMÔNICAS‬

‬‭ Gilberto Sobrinho, Andrea Mendes, Sônia Fardin‬‭e João Paulo Berto‬






Ficha técnica

___________________________________________________


Organização editorial - Sônia Fardin


Curadoria do Seminário: Sônia Fardin e Andrea Mendes


Realização::

Lei Paulo Gustavo, Prefeitura de Campinas

Secretaria de Cultura e Turismo do Município de Campinas


Produção:

Pretação, Tomada Cultural, UMAMINA


Apoio:

Casa de Cultura Aquarela, Socializando Saberes, Casa de Cultura Tainã, Museu da Cidade, PPG Multimeios/IA/Unicamp, Centro de Memória Unicamp. 


Revisão de Textos:

Adriano Bueno


Capa e arte do livro:

Paula Vianna


Registros audio-visuais:

Carlos Tavares

Valdir Rodrigues


Transmissões:

TV - Casa de Cultura Tainã


Registros Fotográficos:

Thiago Moreira Santos

Letícia Rosa

Coletivo Casa de Cultura Aquarela


Assessoria de imprensa

Maria Luisa Borin de Souza


Realização::

Lei Paulo Gustavo, Prefeitura de Campinas

Secretaria de Cultura e Turismo do Município de Campinas


Produção:

Pretação, Tomada Cultural, UMAMINA


APOIO

Casa de Cultura Aquarela, Socializando Saberes, Casa de Cultura Tainã, Museu da Cidade, PPG Multimeios/IA/Unicamp, Centro de Memória Unicamp. 


Mine bios dos autores e colaborações - em ordem alfabética

Adriano Bueno da Silva - Pedagogo, iniciou sua militância cantando Rap, nos anos 90. Foi um dos fundadores da Posse Rima & Cia., uma associação de grupos de Rap da região de Campinas. Foi também um dos articuladores da mobilização que conquistou a Casa do Hip Hop nas plenárias do Orçamento Participativo, tendo sido eleito Representante de Cultura do COP (Conselho do Orçamento Participativo, instância máxima de acompanhamento da execução do Orçamento Participativo). Foi um dos articuladores da 1ª Conferência Municipal de Hip Hop. Integrou o Conselho Municipal de Hip Hop de Campinas, o primeiro do Brasil, em sua fundação. É autor do livro Palavra de Mano, resultado de pesquisas em seu Trabalho de Conclusão de Curso de Pedagogia na Unicamp. É mestre em Políticas Educacionais e sua dissertação abordou a educação antirracista através da Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História da África. Trabalhou, entre 2003 e 2024, na Secretaria Municipal de Cultura de Campinas, onde passou pelo Projeto Leitura em Movimento e pela CDPC/Condepacc (Coordenadoria Departamental de Patrimônio Cultural, órgão técnico de assessoramento do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas). Atualmente, trabalha na Secretaria de Educação, como Professor de Educação Básica - Educação Infantil e é doutorando em Políticas Educacionais na Faculdade de Educação da Unicamp, sob orientação do Prof. Dr. Newton Antonio Paciulli Bryan, no LAPPLANE (Laboratório de Políticas Públicas e Planejamento Educacional). É coordenador geral municipal do MNU (Movimento Negro Unificado).


Akili Bakari - Possui graduação em Ciências Sociais com ênfase em Antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (2022) e atualmente é mestranda em Antropologia Social na mesma instituição com bolsa CAPES-PROEX. Integra o Núcleo de Estudos Carolina Maria de Jesus (Bitita-IFCH/UNICAMP) e o Ateliê de Produção Simbólica e Antropologia (APSA-IFCH/UNICAMP). Desenvolve pesquisa sobre memória, movimento negro, artes cênicas e educação. Tem experiência na área de Antropologia, atuando principalmente nos seguintes temas: estudos de trajetória, civilizações africanas, africologia, educação, afrocentricidade e relações raciais e de gênero.


Alberto Nasiasene - Um brasiliense, de Alagoa Grande, Paraíba, mas que quase nasceu no Recife, em 1960, criado em Brasília, desde os quatro anos, em 1964, de lá saiu em busca de uma outra Revolução e de suas raízes mais profundas, por causa da literatura. Buscando a Poesia, foi estudante de ciências sociais na UFPB, no início dos anos 1980. De uma maneira misteriosa, que não é possível explicar linearmente, veio parar aqui neste imenso estado de São Paulo, onde casou e onde sua filha nasceu. Professor de história no interior de São Paulo, em Campinas, embora more na cidade vizinha, Jaguariúna.


Américo Baptista Villela -  Graduado em História pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (1991) e mestre em História da Educação pela Faculdade de Educação, ambos na Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é historiador lotado no Museu da Cidade, órgão da Prefeitura Municipal de Campinas, e Professor da ETEc Bento Quirino, atuando principalmente nos seguintes temas: museus, educação, história e Campinas. É membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Memórias e História da Educação Profissional do Centro Paula Souza e curador do Centro de Memórias “Prof(a). Orleide A. Alves Ferreira da mesma ETEc.


Andreia Cristina Dulianel - Artista visual, pesquisadora e professora universitária. Nascida em Vinhedo, São Paulo (Brasil), 1982, atualmente reside na cidade de Jundiaí, São Paulo (Brasil) e trabalha em Campinas, São Paulo (Brasil). Concluiu o mestrado em Artes Visuais (Bolsa Capes) Universidade Estadual de Campinas, onde desenvolveu trabalho poético em desenho, defendendo a dissertação no ano de 2010. Possui Licenciatura e bacharelado em Educação Artística/ Artes Plásticas pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Há doze anos é docente da Pontifícia Universidade Católica de Campinas nos cursos de licenciatura e bacharelado em Artes Visuais, Design de Moda e Jogos Digitais. Foi coordenadora do subprojeto de Artes Visuais do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência do governo federal (projeto institucional PIBID/ PUC-Campinas) de 2012 a 2018. Atualmente desenvolve pesquisa poética em arte contemporânea, com desenho, livro de artista, diários de desenho e pintura. Realizou exposições em diversas cidades como Jundiaí (São Paulo, Brasil), Campinas (São Paulo, Brasil), Vinhedo (São Paulo, Brasil), Limeira (São Paulo, Brasil), Piracicaba (São Paulo, Brasil), Santo André (São Paulo, Brasil),  São Paulo (São Paulo, Brasil), Araras (São Paulo, Brasil),Londrina (Paraná, Brasil), Uberlândia (Minas Gerais, Brasil), Santos (São Paulo, Brasil), Londres (Inglaterra) e Nova Délhi (Índia).


Andrea Mendes - Artista negra, nascida em Itaberaba (BA) em 1979, residente em Campinas há 28 anos. Graduada em Artes Visuais pela PUC Campinas (SP) e mestre em Relações Étnico-Raciais pelo PPRER/CEFET – Rio de Janeiro (RJ). Transita entre arte e ativismo, explorando temas críticos que permeiam sua vida diária, expondo as fissuras do sistema social brasileiro que ainda reflete estruturas coloniais. Seu "artivismo" envolve experiências corporais com os espaços que ocupa, gerando tensões poéticas. Suas investigações abrangem performance, instalação e pintura em grandes formatos.


Batata - Um barítono barato. Nasceu na região de Batatais (como não poderia deixar de ser), nas margens do Córrego Retiro, no século passado. Nos anos 1970 migrou para Campinas, para cumprir uma profecia de que seria engenheiro, porque era bom de contas. Cansou das equações no território das desigualdades e passou a equalizar desafinações cantando em coros e focando im-ágeis de donzelas e mundanas, de ruínas e constructos, de agitações, insurreições e reboliços. Aprendeu a empostar a voz e a fazer discursos, por palcos, pátios e praças, desafinando o coro dos contentes. Cozinhou almas em fogo brando e variados bichos em fogo alto, devorando tudo antropofagicamente, conforme recomendava Macunaíma (de quem se tornou alter-ego). Como bom canibal, acabou cozido e devorado. Andou pelo faroeste tentando semeaduras, mas, como não portava nem grãos de soja, nem grãos de trigo, nem usava agrotóxicos como tempero, não se deu bem com as culturas da região; daí, encontrou Uirá num mato e caminhou com ele rumo ao leste, sem procurar deus nenhum. Com a virada do milênio, virou barnabé cultural e se pôs a espargir versos e fantasias por folhas brancas, cabeças e avenidas.


Cibele Cristiane Rodrigues - Pedagoga, grafiteira desde 1998, educadora social, arte educadora, produtora cultural. AliadaCi, como é conhecida artisticamente, tem produzido eventos de valorização da cultura popular e tradicional de matriz africana, principalmente como colaboradora e articuladora política da Casa de Cultura Tainã (desde 1994). Até hoje se mantém atuante na representação, articulação, coordenação de projetos e ministrando oficinas. Foi membro do Grupo de Teatro e Dança Populares “Urucungos, Puítas e Quinjengues¨ (2011-2018). Possui uma grande experiência em oficinas de grafitti, tendo ministrado diversas vezes em projetos cofinanciados tanto pela Cultura, quanto pela Assistência Social ou outras Secretarias Municipais. Em 2003 foi coordenadora da Casa do Hip Hop da Cidade de Campinas, em 2004 coordenou o Centro de Referência de Juventude da cidade de Campinas. Atualmente, Cibele realiza diversos projetos em parceria com a Casa de Cultura Tainã e ministra cursos afrocentrados para educadores. Ela também ministra oficinas de artes plásticas diariamente para jovens e crianças no bairro Campo Belo, pelo Instituto Padre Haroldo, onde trabalha com arte-educação desde 2016.


Daniel Almeida - Nascido em Alagoas em 1979, sua pré-adolescência foi em Peruíbe, e atualmente sua vida se divide entre Campinas, onde mora há mais de 25 anos, e São Paulo. Formado em comunicação social – Publicidade e Propaganda, fez 4 anos de Psicologia, mas entra em crise e desiste de investigar a alma humana a partir de estudos da psicologia, para continuar investigando a alma humana como sempre fez, através da arte. Ator profissional desde 2004 (SATEDSP). Educador Social desde os 15 anos, onde desenvolveu e desenvolve diversos cursos na área do audiovisual e fotografia, com crianças, adolescentes e adultos , da periferia da Cidade de Campinas, região metropolitana e capital.


Gal Soares De Sordi - Graduada em psicologia pela PUCC (1994), artista visual e artesã com especialização em Artes Visuais, Intermeios e Educação pela UNICAMP (2018). Trabalhou por 27 anos na RAPS - coordenou por 15 anos um Centro de Convivência do SUS em Campinas/SP, coordenou o “Estruturação dos Acervos Museológicos do Museu Vivo Cândido Ferreira”, contemplado com o ProAC - Edital 13/2020. Trabalha com deficientes visuais em um serviço complementar do SUAS. Investe em oficinas, exposições de arte e intercâmbio com coletivos da cidade como importantes dispositivos de inserção social e cultural, de convivência na diversidade e de redução do sofrimento humano.


Gilberto Alexandre Sobrinho - Professor do Instituto de Artes, da Unicamp. Atualmente é coordenador do Programa de Pós-graduação em Multimeios. É realizador de filmes documentários: Diário de Exus, A dança da amizade, Balaio e A mulher da casa do Arco-Iris.


Glória Pereira da Cunha - Percussionista, pesquisadora e professora. Atuou como professora de música em vários cenários e em diferentes vertentes da música. Trabalhou por 22 anos na Sinfônica de Campinas (OSMC) como percussionista e a partir de 2007 passou a fazer,  estudar e pesquisar maracatu de baque virado. Fez parte das nações de maracatu Porto Rico e Encanto do Pina desfilando por 15 anos no carnaval do Recife. Fundou, com outras batuqueiras, o baque Mulher / Campinas e em 2008 fundou o Maracatucá, grupo de baque virado, onde é uma das coordenadoras e regente. Na Unicamp  fez especialização em “Arte, Ciência e Prática Pedagógica" e mestrado na Faculdade de Educação. Atualmente é aluna de oficinas de Tai Chi e vídeo do projeto UniversIDADE. Continua  a tocar tambor pelas ruas desta cidade parando nas encruzilhadas para melhor sentir os seus sabores.


João Paulo Berto - Bacharel e Licenciado em História, Mestre em História Cultural e Doutor em História da Arte pelo IFCH/UNICAMP. Especialista em História e Humanidades (UEM). Mestre em Museologia (USP). Atua como docente no curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Integradas Einstein de Limeira-SP e como Arquivista no Centro de Memória - Unicamp, respondendo pelas áreas de processamento técnico e documentação digital.


Letícia Rosa - Produtora cultural, cientista social em formação pela Unicamp e music manager. Atua em atividades de cunho sociocultural, gestão de projetos e carreiras artísticas. Há mais de 5 anos desenvolve projetos através de leis de incentivo a cultura, incluindo a concepção e/ou produção de espetáculos, álbuns musicais, exposições, festivais, curta-metragens, exposições e atividades formativas.

Maíra Freitas - Artista visual, arte-educadora, pesquisadora e curadora. Sua pesquisa  poética parte do desejo de criticizar as relações entre cultura e natureza e desdobra-se em múltiplas linguagens.Expôs nas individuais "o Tempo dos Feijões" (2023, Fêmea Fábrica, Campinas); "Lilás" (2022, SESC São Caetano, curada por Luciara Ribeiro); e "Solo da maternagem solo " (2021, Torta, Campinas). Esteve na curadoria de "Ana Mendieta: Silhueta em fogo | terra abrecaminhos" (2023-24, SESC Pompeia, São Paulo), entre outras. Doutoranda em Artes Visuais (Unicamp), dedica-se ao estudo das artes do vídeo e suas relações com gênero, sexualidade e racialidade.


Marcos Brytto - Gestor da Casa de Cultura Aquarela.Prof. de canto; Dramaturgo e Diretor de trinta e quatro espetáculos teatrais com 19 premiações . Ator, pianista, violonista e pesquisador da  pedagogia Griô, com ênfase em arte e cultura preta. Coordenador do primeiro curso de pós-graduação em matriz africana reconhecido pelo MEC e promotor de ações culturais artísticas da cultura QUEER. LGBTWIAPN+.


Paula Monterrey - Artista educadora, mediadora e gestora cultural independente. Graduada em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (2012-2017), atualmente, finaliza a Especialização em Gestão Cultural pela Universidade Nacional de Córdoba (Argentina). Coordenou o espaço cultural independente Torta na cidade de Campinas, de 2016 a 2021. Atuou como arte-educadora em instituições culturais e da assistência social. Até o presente momento se dedica ao desenvolvimento de projetos culturais, tendo como foco os direitos culturais de grupos subalternizados, a arte- educação e a acessibilidade cultural.


Rita Francisco - Arquiteta e Urbanista, mestra e doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Especialista em Gestão do Patrimônio Cultural pelo Centro de Estudos Avançados de Conservação Integrada, ligado à Universidade Federal de Pernambuco. É servidora pública da Prefeitura Municipal de Campinas desde 2003 e desde 2015 atua no Arquivo Municipal.


Sônia Fardin - Historiadora e curadora de acervos visuais, mestre em História e doutora em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Moradora de Campinas, foi coordenadora do Museu da Imagem e do Som de Campinas e diretora do Departamento de Memória, Patrimônio e Turismo da Prefeitura Municipal de Campinas. Ativista de movimentos sociais de memória, comunicação e direitos humanos, Sônia também pesquisa o Acervo João Zinclar, colabora com a Casa de Cultura Tainã, e integra a Rede de Memória e Museologia Social de São Paulo, o Coletivo Socializando Saberes e o Centro Cultural Esperança Vermelha. É curadora dos Projetos Sobre Sub Solo  e Ocupações Escritas Ocultadas.


Thiago Moreira Santos - Produtor cultural, graduado em comunicação pela FACCAMP e com pós graduação em Gestão de Projetos Culturais pelo CELACC/ECA/USP. Produziu mais de quinze projetos fomentados pelo ProAC, dentre os principais estão: Publicação do livro LACRAÇÃO da fotógrafa Bella Tozini, Circulação da FEIRA DE TROCAS, gravação do álbum GOOD SMELL VOL.2 do rapper Nill e exposição SOBRE SUB SOLO da artista Andrea Mendes.


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